segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Mulher Negra no Mercado de Trabalho atual
Artigo publicado no site www.ust-es.gov.br
MULHER NEGRA NO MERCADO
DE TRABALHO
Dimensionar
o papel da mulher negra no mercado de trabalho é antes de tudo dimensionar o
papel desempenhado pelo atributo raça/cor dos indivíduos na produção e
reprodução do diferencial nas oportunidades de acesso ao mercado de trabalho,
que no período colonial as mulheres negras nativas contribuíam apenas com o
corpo para satisfação do prazer, dentre outras atividades, consideradas de
menor valor.
O olhar
da União Sindical dos Trabalhadores para este seguimento surge no sentido de
fomentar as diversas formas de inserção das mulheres negras, no fluxo do
trabalho, que não se trata mais da mão-de-obra mal qualificada, mas com a
rentabilidade ainda pequena, dado ao volume do serviço, pretende-se assim
contribuir para o debate sobre as desigualdades raciais e de gênero, pois tal
perfil expressa, dentre outros aspectos, o resultado do processo histórico que
conformou a sociedade brasileira, por longas décadas.
A
produção e a disseminação sistemática de informações sobre o mercado de
trabalho sob a perspectiva de gênero, em especial o olhar para a mulher negra,
nos diversos seguimentos profissionais é uma das etapas do departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos da União Sindical dos
Trabalhadores, que têm como principal finalidade o fortalecimento das ações dos
vários segmentos sociais envolvidos na promoção da igualdade de gênero.
Para que as primeiras leis trabalhistas que surgiram referem-se
a alguns direitos do trabalho das mulheres. Muitos desses direitos foram
conquistados e alguns deles beneficiaram inclusive os homens e outros geraram,
indiretamente, discriminações contra a mulher, concluindo assim, que falar de
desigualdades remete a igualdade, enquanto um fim de ser alcançado completando
as diversidades raciais e de gênero existentes na sociedade.
Mediante
pesquisa socioeconômica realizada pela estudante de Direito Sá, Rozilene
(UST/ES) constata-se que de formas as diferenciadas o acesso ao mercado de
trabalho das mulheres, em especial das mulheres negras aparece, portanto, como
uma ferramenta útil para a intervenção e a definição de ações afirmativas que
promovam a igualdade de gênero e raça, pois ao questionar-se em relação à
formação ou qualificação profissional em nada se perde para outras
profissionais, exceto a melanina, que hora é mais acentuada.
No
decorrer do dia a dia profissional Sá, Graça (Recursos Humanos da UST/ES),
destaca uma análise, enquanto dinâmica do obstáculo na conduta das empresas, a
serem observados, que se refere aos baixos salários ofertados, quanto ao
cumprimento dos compromissos assumidos pelo país, que resulta em mínimo
salário, dificilmente vai-se além, embora a formação/qualificação merecesse
destaque, que no setor de recursos humanos chamamos de bonificação.
Neste sentido vislumbramos
que o papel da mulher negra no surgimento das leis relativas ao trabalho é de
extrema importância, tendo em vista que foi diante da exploração das mesmas que
a Central Sindical se sensibiliza e vê a necessidade de intervir.
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